quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

FELIZ 2016 SÔ !!!!


AOOOOOOOOO SERTÃO VÉIO DESSE MEU RINCÃO BOIADEEEEERO SÔ DO CÉÉÉU!!!

SÓ QUERO QUE ESTE ANO DE 2016 SEJA MUITO MELHOR PARA TODOS E PRINCIPALMENTE PARA NÓS, PESCADOZADA DE TRAÍRA DESSE NOSSO PAÍS MARAVILHOSO CHAMADO BRASIL, E ETERNAMENTE GRATO POR TODOS MEUS SEGUIDORES E FÃS QUE ADMIRAM E SE IDENTIFICAM COM ESTE MEU  TRABALHO DE DIVULGAR ESTE PEIXE TÃO, MAS TÃÃÃO QUERIDO PELOS BRASILEIROS E TÃO DISSEMINADO POR ESTE BRASIL AFORA CHAMADA DE TRAÍRA, HOPLIAS, CHARUTO, DITACUJA, LOBÓ, WOLF FISH E O QUE MAIS QUISEREM.

FELIZ ANO NOVO A TODOS E VAMOS PESCAR MUUUUITO MAIS NESTE 2016 E QUE ESTE ANO TRAGA MUITAS ALEGRIAS PARA TODOS, POIS EU PROMETO A TODOS QUE TRAREI MAIS MATÉRIAS E RELATOS DA TURMA DESSE SERTÃO AFORA SÔ!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

RAPALA - Uma lenda em forma de isca!!!!

Aoooo sertão véio desse mundão sem porteeeeeeera sô!!!!
Hoje irei fazer um post que para eu, é uma honra, mesmo não sendo pago por este post por essa empresa gigantesca e marcante para todos os pescadores esportivos desse mundão véio (quero iscas grátis viu VMC!!! hihihihi) e não há quem não conheça ou que já não tenha ouvido falar dessa mega empresa de artificiais chamada RAPALA!


SINÔNIMO DE UMA LENDA, SEM MAIS.
Ela é um sinônimo de história, beleza, detalhe e por que não STATUS, principalmente nos dias de hoje que a CRISE tá assolando o Brasil e ter uma isca dessas que custa, no mínimo, R$ 50,00, ter na caixas algumas dessas é de deixar os colegas de pesca meio enciumado e te chamar de playboy com toda certeza sô! hihihiih

Lauri Rapala e seus filhos
Eu mesmo devo ter umas 06 Rapalas que adquiri nos meados de 1996 e que na época não eram tão caras e as guardo a 7 chaves na minha caixa de pesca e não pesco com elas de jeito manera e as aposentei, principalmente por serem tão, mas tããããão CARAS e, podem falar o que quiserem, são verdadeiras jóias no nosso mundo da pesca esportiva, posso compará-las a um ovo de pedras preciosas do meu amigo russo Peter Carl Fabergé (eu acho que nem tinha nascido ainda em 1920 quando ele morreu! hihihihihi).

O Homem é tão fantástico que já foi publicada sua biografia pelo escritor John E. Mitchell, chamado, RAPALA Legendary Fishing Lures
A história dessa empresa, ou melhor, do HOMEM que criou esta empresa é tão impressionante que me faz repensar o quão ponto uma pessoa pode chegar na criatividade para poder sustentar seus filhos e muito mais a CRIATIVIDADE de desenvolver algo que revolucionou o mundo pesca para todo sempre! Uma pessoa dessas foi tão, mas tãããããããão visionária que chego a pensar se era realmente desse mundo, pela genialidade, paciência e perseverança pra poder desenvolver algo tão magnífico e perfeita que é esta isca chamada RAPALA.

Eu pularia neste cesto cheio de Rapalas com certeza sô! hihihihihi

Agora chega de expressar o quanto amo esta isca e sou grato por ela existir em minha vida e vamos conhecer a história dessa pessoa nada menos que FODÁSTICA e muito mais que FANTÁSTICA, chamada LAURI RAPALA, o pai da pesca esportiva atual, sem sombra de dúvidas!


RAPALA trabalhando sua madeira tipo BALSA

O NASCIMENTO E VIDA DE UMA LENDA
Nascido em Sysmä, na Finlândia, Lauri Rapala compartilhou de sua casa com florestas perenes e centenas de lagos. Na idade de sete anos, sua mãe Mari mudou-se para a paróquia de Asikkala, cerca de 60 milhas a partir de Helsínquia. Os clérigos na freguesia não conseguiam lembrar o sobrenome de Mari, Saarinen, e então ele simplesmente trocou por RAPALA, na aldeia em Sysmä município a partir do qual eles haviam se mudado. A palavra finlandesa RAPA, significa "lama". Crianças finlandesas desta época eram geralmente colocadas para trabalhar assim que tornou-se capaz, Lauri fez o mesmo.

LAURI E RISTO RAPALA
Lauri conheceu Elma Leppänen quando ele estava na casa dos vinte anos, e eles se casaram em 1928. Eles moravam em casa de seus pais em Riihilahti até 1933. A economia da Europa estava em uma recessão durante este período, e isso piorou como os efeitos da Grande Depressão nos Estados Unidos chegou à Europa. Ele trabalhou como lenhador durante o inverno, e peão de fazendeiro ou pescador comercial no verão. Eles tiveram cinco filhos, Reino, Risto, Ensio, Esko, e Kauko.


Foto de Antonio Lopes da Silva - http://revistaaruana.blogspot.com.br

O PRINCÍPIO DE TUDO
Tudo começou em 1930 com um pescador finlandês rústico e humilde, Lauri Rapala, o qual fez uma observação genial e simplistica: Ao pescar no lago Päijänne na Finlândia, Lauri discretamente observou o comportamento dos peixes e anotou que os predadores famintos devorávam, de forma sistemática, os cardumes de peixinhos menores – e em particular aqueles peixes que estão debilitados ou feridos e cujo nado era irregular. E assim começa a maior história da pesca esportiva de todos os tempos...


Foto de Antonio Lopes da Silva - http://revistaaruana.blogspot.com.br

O EREMITA AMIGO
Lauri idealizou que se ele podesse talhar uma isca que imitasse os movimentos de um peixinho ferido, poderia então realizar um grande número de capturas, obtendo assim uma renda maior ao invés de dispender tanto tempo ocioso no reparo de espinhéis e redes. Depois de muita tentativa e erro, e com a ajuda de um eremita-pescador que vivia numa ilha do lago Päijänne, Toivo Pylväläinen, e amigo de Lauri, ele criou uma atração com a oscilação direita para imitar um peixe ferido.


Toivo e sua vida simples em sua choupana de pescador na Finlândia
Lauri Rapala e seu amigo Toivo Pylväläinen

E foi assim que em 1936, Lauri Rapala iniciou seu projeto na produção de sua primeira isca artificial - a qual começou a tomar forma usando cortiça, uma lixa e faca de couros de sapateiro. O papel de alumínio, que servia de invólucro para as barras de chocolate, foi utilizado para imitar as escamas e a pelicula de negativos fotográficos derretida revestia e protegia o acabamento – mas o mais importante é que a isca imitava com perfeição a ação de nado de um peixinho ferido. A história e lenda reportam capturas de 270 kilos diários com sua nova isca e a reputação assim crescia sendo o resto, como dizem, parte da história.



Foto de Antonio Lopes da Silva - http://revistaaruana.blogspot.com.br

A primeira isca foi um prelúdio para seus descendentes – o Original Floating legendário da Rapala – com um movimento que os peixes não podem resistir – uma isca que ajudou aos pescadores experimentar a maior emoção nas pescarias no mundo inteiro.


Original Floating, o marco para o início de uma mega marca e uma lenda


Lauri Rapala entalhando uma isca em balsa, gênio!

Como os pescadores começaram a fisgar mais peixes e até peixes de maior porte com as iscas da Rapala, tornou-se evidente que o que provocava os peixes era a ação sedutora e o balanço especial da isca. Pois embora houvessem diferenças entre os peixes em qualquer parte do mundo, os predadores e os peixes menores seguem todos o mesmo padrão de comportamento. Os peixes maiores atacam os peixes pequenos feridos. Por isso, Lauri testou cada isca para se certificar que o nado verdadeiro fosse idêntico à “ação original peixinho-ferido.” Não era a forma mais rápida para se fazer uma isca artificial, mas era a única maneira de se fazer uma Rapala (até hoje todas as iscas Rapala são ajustadas a mão e testadas em tanque para garantir um nado perfeito e equilibrado). A ação de uma Rapala e tão distinta como uma impressão digital de uma pessoa, uma ação que nenhuma outra fábrica de iscas pôde duplicar.


Um dos tanques de testes na fábrica da Rapala

Quando irrompeu a guerra na Europa, em 1939, a escassez se levantou, e Lauri começou a fazer suas iscas de casca de árvore. Durante a guerra, sua atração havia conseguido alguma promoção. Dinamite foi por vezes utilizado para obter peixe, mas Lauri disse que sua isca iria pegar mais peixes. Ele e seus amigos fizeram um concurso, e ele o que tinha sido "apanhado" com dinamite, pegando 78 peixes em poucas horas.


Foto de Antonio Lopes da Silva - http://revistaaruana.blogspot.com.br

Depois da guerra, a demanda por suas iscas aumentou, então ele contou com a ajuda de seus filhos, ensinando-lhes a arte de fazer as iscas. Ensio se saiu tão bem que ele alcançou um prêmio de artesanato nacional com isso. Elma ficava com a contabilidade, e escreveu e projetou a cópia promocional para as caixas das iscas. Eles desenvolveram máquinas para melhorar a eficiência e a qualidade das atrações, para tê-las lixadas e polidas, e para tornar a atração dos corpos idênticos.

O COMEÇO DE UMA NOVA ERA PESCATÍCIA
E assim com cada viagem de pesca inesquecível, cada tarde bem sucedida de sábado com um filho num lago local da pesca, a lenda da Rapala foi crescendo, e uma confiança profunda nas iscas Rapala começou a tomar forma entre os pescadores. Pescadores amadores transformaram-se profissionais. Os pais transformaram-se heróis. E mais e mais pescadores começaram a procurar as iscas artificiais da Rapala.


Um dos gerentes comerciais mostrando a Original Float na fábrica

Para milhões, o sucesso podia ser medido pelo número de crescimento dos peixes na categoria de troféu, capturados com as iscas Rapala (até ao presente momento nenhuma outra marca de iscas artificiais é detentora de tantos recordes mundiais). E porque nós da Rapala somos pescadores em primeiro lugar, sabemos não somente do que nossos colegas pescadores necessitam, mas também o que não podem deixar de ter, como quando a Shad Rap entrou em cena de forma dramática. 


Caixas onde eles guardam a isca semi pronta antes de dar o acabamento

A reputação da habilidade incomparável da Shad Rap em fisgar peixes alastrou-se como um incêndio florestal. As iscas esgotaram-se em quase todas as lojas de pesca. Algumas lojas alugavam as Shad Rap por dia – e até mesmo por hora (sim, era tão boa...). Vinte anos mais tarde a Shad Rap ainda é uma das iscas mais bem sucedidas da Rapala.


Rapala Shad Rap, uma das iscas que mais se parecem com lambari fugindo de uma traíra que eu já vi!
Este modelo em especial é para profundidade

Da mesma forma, as fileteiras introduzidas pela Rapala facilitaram a experiência de pesca para milhões. Até então, os pescadores tiveram uma longa história de dificuldades ao escamar e filetar os peixes. O design afiado e a flexibilidade original das facas da Rapala fizeram o trabalho de escamar e filetar mais fácil, e tanto é que até hoje a Rapala ainda tem as facas de filetar mais vendidas no mundo.


Fish’n Fillet da Rapala, lendária faca fileteira!

E assim iniciava-se a pedra fundamental da Rapala. Os sucessos da Original Floating, Shad Rap e do Fish’n Fillet foram seguidos por outros produtos da Rapala que adentravam aos poucos nas caixas de pesca e nos livros da história. Iscas como os Magnums, Rattlin’ Rapala, CountDown, Skitter Walk, Twitchin’ Rap, X-Rap e o Tail Dancer da edição limitada.









Existe uma razão pela qual mais pescadores no mundo inteiro depositam sua fé na Rapala. É uma confiança que propagou-se a todos os continentes e em mais de 140 países – e é comprovada pelos mais de 20 milhões de iscas da Rapala vendidos todos os anos. Resumindo de forma simples, os produtos da Rapala transformam os pescadores em pescadores melhores. Não existe pressa para se introduzir algo novo, e todos os produtos chegam manufaturados com cuidado e anos da experiência. Não existem atalhos, nem meios termos. É uma herança da qualidade que pode ser vista em cada isca, cada faca de filetar, cada ferramenta, e cada lançamento como o que se vê nas nossas linhas de pesca de qualidade superior. É uma herança que continua com ofertas novas da Rapala; como as varas de alto nível nos grafites mais requintados, super-linhas de multifilamento, iscas novas revolucionárias com ações e revestimentos novos, etc. – em poucas palavras, maneiras novas de fisgar mais peixes.


Edição Limitada do ANGRY BIRDS para atrair a criançada a pescar, os caras são poderosos mesmo!





O doce sabor do sucesso permanece por muito tempo, pescaria após pescaria bem sucedida. Ainda depois de uma inumerável quantidade de robalos, tucunarés, dourados, traíras, trairões, etc. pescados no Brasil, a Rapala continua a resistir à prova do tempo. Através de altos e baixos na indústria. Através das frentes mais frias e recessões. Porque com Rapala, uma verdade simples prevalece: aquilo que é irresistível para um peixe – será sempre irresistível ao pescador esportivo também.

Estátua em homenagem a Lauri Rapala, falecido em 1974 na Finlândia
AQUI SEGUE UM VIDEO EM ESPANHOL (DÁ PRA ENTENDER SIM) SOBRE A VIDA DE LAURI RAPALA E SUA LENDÁRIA ISCA.

Resumindo essa prosa maravilhosa pescadozada: Lauri Rapala foi e sempre será o CARA que plantou a pedra magma inicial neste meio pescatício nosso de hoje em dia e foi um cara tão FODÁSTICO que vai ser difícil, ou quase impossível, aparecer alguém com algo tão brilhante neste nosso meio da pesca, que, se aparecer, eu acho que estarei embaixo da terra em forma de adubo faz tempo sô!!! Principalmente porque naquela época não existia smartphone, redes sociais e internet para apodrecer a mente das pessoas e deixá-las mais preguiçosas para pensar e criar algo espetacular! hihihihihi

Fontes: http://www.normark.com.br/empresa/historia-rapala/

http://revistaaruana.blogspot.com.br/2015/01/rapala-historia-de-uma-isca-artificial.html

http://realsreels.com/baits/historyofthefinishminnow.html

http://fishinghistory.blogspot.com.br/2008/07/finnish-minnow-by-henrik-londen-update.html

http://seura.fi/ihmiset/tarinat/katosi-hyvasta-virasta-aloitti-uuden-elaman-paijanteen-erikoinen-erakko-opetti-rapalan-perustajalle-kuinka-tehda-uistimia/

https://en.wikipedia.org/wiki/Lauri_Rapala

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Chatterbait, uma isca perfeita para as Hoplias!

Oláááá trem bão, pescatício desse meu sertão brasileeero sô!
Hoje irei postar uma matéria, também da revista Pesca & Cia que eu achei simplesmente DEMAIS e um material muito bacana pra turma que quer começar a pinxar hoplias com esta isca que pode ser o verdadeiro coringa em sua caixa de pesca.

Eu estou simplesmente amando esta isca, tanto quanto amo spinnerbait e frogs, mas estou aprendendo também a utilizá-la pois é uma isca nova em minha vida pescatícia e estou aprendendo cada dia e arremesso que faço com esta pequenina isca. 

Então ótima leitura a todos e vamos aprender um pouco mais sobre esta modalidade de isca.

Linda Hoplias capturada no Chatterbait preto e vermelho

UMA ISCA CRIADA PARA O BLACK BASS, MAS QUE CHEGA PARA FAZER SUCESSO NA PESCARIA DE TRAÍRA!

Uma isca diferente, parte rubber jig, parte spinnerbait e jig head. Assim é a chatterbait, ar­tificial que surgiu nos Estados Unidos em meados do ano de 2000 e logo virou uma mania, afinal, a artificial tinha ajudado alguns pescadores a conseguirem uma boa classificação em uma com­petição de black bass, no Texas.

No Japão, pode-se dizer que essa mania começou com o pescador Katsukata Imae, campeão da JB World. Em 2009, quando essa artificial foi lançada, virou febre praticamente em todos os lagos do Japão e principalmente no Biwa. Em 2010 ele fez algumas alterações no desenho da artificial, melhorando muito o seu rendimento. 

AS CHATTERBAITS FEITAS NO BRASIL PODEM PASSAR POR UMA SÉRIE DE ADAPTAÇÕES, TORNANDO AS MAIS EFICAZES E PRODUTIVAS.

E como a maioria das iscas ar­tificiais de água doce lançadas no mundo são desenhadas com a intenção de pescar o black bass, logo os grandes fabricantes de artificiais começaram a projetar suas chat­terbaits e a melhorar o formato da cabeça, lâmina, anzol e cerdas. Afinal, o mercado de competições, tanto o profissional como o amador, rendem milhares de dólares nos EUA, Japão e Europa. 

Fábio Zurlini com uma bela hoplias pega com a tal isca
Infelizmente, os países da Améri­ca do Sul ainda não tiram proveito da pescaria do bass, a grande maio­ria por não possuírem a espécie, outros, como o Brasil, por não conseguirem enxergar o valor dessa incrível espécie.

RAIO-X DA ISCA
Esta incrível isca é dotada de uma cabeça metálica, similar aos spinnerbaits, uma saia de borracha ou silicone, similar ao rubber jig, e frontal uma lâmina que poderá ser feita de aço inox ou alumínio. Esta pequena chapa, que pode ser reta ou curva, é determinante para sua incrível ação. 


Esta barbela metálica tem a função de imprimir vibração na isca, provocando um grande deslocamento de ação uma ação bastante natural. Além dessas características, o pescador vai ter a seu favor o bri­lho da lâmina e uma proteção aos enroscos, pois, ao nadar, se a artificial colidir com a estrutura, a barbela tende a proteger a ponta do anzol, diminuindo as chances de ficar presa. 

A chatterbait é praticamente um spinnerbait sem o V de arame sem as colheres com uma chapinha de metal na frente que deixa as hoplias enlouquecidas!

Para dar maior vida às chatters, o pescador pode adicionar os traillers. Aqui, uma imensidão de modelos pode ser usada. Eu prefiro as de cauda reta, do tipo paddletail e shads. O trailler ajuda a conseguir uma apresentação mais suave, o que é ideal para dias em que o peixe está mais manhoso.


O Pescador Sidney Henrique (grande pescador e desenvolvedor de chatterbaits e spinnerbaits do Brasil) fazendo uma de suas criações para a reportagem.
Entre os modelos disponíveis no mercado, costumo usar os de peso l/4oz, 3/8 oz e 1/2 oz, de procedência japonesa, como Megabass, Imakatsu e Jackall. Ainda integram meu estojo de pesca os materiais da americana Z-Man e uma artificial made in Brasil, feita pelo pescador Sidney Henrique Candido, de Guaxupé (MG). Ele produz a chatter de forma artesanal, com matéria-prima do exterior e sua ação é similar à das importada. Eu testei e aprovo.


A PRINCIPAL FUNÇÃO DA ISCA É A CAPACIDADE DE VIBRAÇÃO QUE ATRAI OS PEIXES EM TODAS SITUAÇÕES.

NOVO ALVO
Que a chatterbait funciona para o black bass todo mundo já percebeu. Por aqui, no Brasil, os pescadores já utilizam esse tipo de isca para a pesca da traíra. Na primeira vez em que eu a utilizei, tive uma pescaria fantásti­ca, realmente surpreendente. Foram diversas traíras de grande porte em apenas meio período de pesca. Infe­lizmente, pescava sozinho e não con­segui fazer fotos minhas segurando o peixe, apenas do exemplar na grama. 

Esta Hoplias não resistiu a esta tentação de isca

Assim como acontece com o black bass, as traíras sentem a vibração da chatterbait de longe. Como essa artificial é normalmente trabalhada com recolhimento contínuo, quando o peixe sente que ela está passando ao seu lado, ataca de imediato, o que chamamos de ataque por reação. Nessa situação, o peixe primeiro abocanha e depois vai ver se o que mordeu é um alimento ou não, pois ele aproveita a oportunidade para poupar energia, uma vez que a co­mida bateu em sua porta.


COMO E ONDE TRABALHAR
A traíra parece atacar a chatterbait por raiva, tamanha a violência em­pregada na hora do ataque. 

Mas antes de colocá-las em ação, primeiro você deve escolher a cor de sua artificial. Hoje posso falar que as duas cores marcantes para a pesca da espécie são a vermelha e a preta. Isso acontece provavelmente porque elas ficam mais destacadas na cor de água em que costumo pescar, que tende a ser uma água limpa, mas levemente barrenta, comum nos açudes de todo o País. 

Caso o local em que você for pescar tenha a água limpa, uma isca com cerdas transparentes, com dorso mais escuro ou cores escuras e natu­rais (green pumpkin), é quase certo que terá bons resultados. 

Depois da cor, você terá que des­cobrir a melhor faixa de captura, o que é relativamente fácil porque a chatter pode ser trabalhada em qual­quer profundidade, basta variar o seu recolhimento de rápido para lento.


Por esse motivo gosto de usar a chatterbait para explorar regiões do lago que tenham uma maior pro­fundidade, com paus e pedras, ou até mesmo nas laterais da vegetação. 

Geralmente são lugares em que o pescador deixa de pescar por não ter uma isca apropriada que alcance o ponto desejado ou por ter medo de usar um plug que acabe enroscado. A chatterbait vai acabar funcionando como um spinnerbait.

COMO TRABALHAR
Como diz meu amigo e guia Braguinha, não é o pescador que define forma e trabalho da isca, mas o peixe e como ele estará comendo. 

Seguindo esta linha de raciocínio, vario a velocidade de recolhimento ou de caída da isca dentro das se­guintes formas de trabalho: no fundo, com recolhimento contínuo em que a isca percorrerá uma grande área pelo fundo, passando ao lado das estrutu­ras; recolhimento na meia-água, que é realizado com o recolhimento e eventualmente com paradas ou to­ques para capturar o peixe suspenso; e finalmente o rápido logo abaixo da superfície, que é mortal para as traíras. 

Para isso, o recolhimento continuo deve ser acelerado assim que a isca tocar a água e não parar de recolher. Ela vem passando pelas estruturas e, ao bater, a breve pausa que ela faz no nado é o momento em que o peixe costuma atacar. Se você parar de recolher quando estiver passando pela estrutura, é provável que ela enrosque.


TER UM EQUIPAMENTO BALANCEADO É GARANTIA CERTA DE EMOÇÃO NA PESCA DE TRAÍRAS COM CHATTERBAIT

OQUE UTILIZAR
Vou começar pelas varas. Hoje uti­lizo dois modelos acima e 6'. A primeira é uma Cyclone da Megabass, F4-66X para linhas de 8 a 20 lb e ação regular. Uso esse modelo para iscas menores e trabalho mais lento, sem exercer muita pressão na ponta da vara. Com ela trabalho um mais fundo e consigo uma boa vibração. 

Chatterbait e seu trabalho de vibração e atração para as ditacujas

O outro modelo é uma Elseil, F4-6.1IX, também da Megabass. Ela tam­bém é indicada para linhas de 8 a 201b, só que tem uma ação mais rápida que a anterior. Por ela ser mais comprida e rápida, consigo maior distância nos arremessos, trabalhar um chatter mais passado (cerca de 10 g a 14g) e rápido (aquele usado rente à superfície), sem comprometer a fisgada.


Para formar o conjunto, uso carre­tilha de perfil baixo, que é bastante confortável e anatômica, abastecida com linha da marca Sunline. 


Para o recolhimento contínuo, uso a Machinegun Cast de 12 lb. Trata-se de uma linha de náilon, extrema­mente macia, o que ajuda a ganhar distância nos arremessos. Sua cor marrom praticamente a deixa invi­sível nos lagos onde pesco.

Se a intenção for uma linha de res­posta mais rápida para fisgadas pre­cisas e mais sensível para percepção de estruturas em locais mais fundos, uso FC Sniper de 12 lb, que é um fluorcarbono transparente.


Matéria: Revista Pesca & Cia - Fevereiro 2014
Texto: Pescador Fábio Zurlini

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Chatterbaits e Spinnerbait novos, Ebaaaaa!!!

Aooooooo sertão véio sem portera desse mundão afooooora sô!!!!
Esta semana chegou um pacote e ao abrir percebi que era de um amigo e, juro mesmo, pensem num cara MESTRE em desenvolver Chatterbait e Spinnerbait... sim o Brasil tem, e seu nome é Sidney Henrique Candido. Esse mineirinho manja mas manja muuuuuuito em criar estes brinquedinhos que todo pescador gosta e as dicatuja gosta mais ainda sô!!!


Este FDS com certeza vai ter que sair uma pescaria na MARRA pra testar estas belezinhas mineiras e se o tempo ajudar (sol e calor) vai entrar hoplias digna de um depoimento pescatício aqui no blog sim senhô!!!

Este spinnerbait e os 2 chatterbait que ganhei do Sidney já até coloquei um trailer pra chamar mais atenção das hoplias ainda sô

Este é o MESTRE, Sidney. Já saiu até na revistas Pesca & Cia sô!!! E óia o tamanho do Bass do menino grudado em uma de suas iscas criadas!!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

FROG: A MODA DO VERÃO SÔ!

Aoooooooooooo sertão véio sem porteeeeeera, sô do céu!!!


Hoje to postando uma matéria na íntegra que retirei da revista Pesca & Cia de 2014 que ganhei de um amigo do Facebook chamado Sidney Henrique, que no meu ponto de vista, é um dos mais habilidosos criadores de iscas artificiais (Spinnerbait e Chatterbait) que existe no brasil!



Uma matéria recheada falando sobre as frogs e como utilizá-las e seus truques, eu mesmo li e reli esta matéria pois eu sou simplesmente FANÁTICO por frogs porque como eu só lido com as Hoplias e justamente em lugares onde uma isca comum de barbela e garatéia não chega, esta chega e mostra o serviço em todos os sentidos!


Então ótima leitura para todos aí e também pratiquem viu, pois pescaria é 10% leitura e 90% prática.

NA ÉPOCA MAIS QUENTE DO ANO QUE PODE SER PRATICADA UMA DAS FORMAS MAIS EMOCIONANTES NA PESCA: A COM SAPOS ARTIFICIAS. CONHEÇA AS DICAS PARA MELHORAR ESSA TÉCNICA!


Tudo começa na primavera, quando as rãs saem de suas tocas para o acasalamento, após um longo período de pouca atividade no inverno. Com a chegada do verão, as vegetações aquáticas já estão com­pletamente rentes à superfície, atraindo diversos tipos de insetos e filhotes de peixes que nasceram na primavera e fazem abrigo nes­sas estruturas. Esses seres são um prato cheio para as rãs e pequenos peixes, mas os grandes predadores aquáticos, como o black bass, o snakehead e a traíra, não perdem a oportu­nidade de fazer uma bela refeição. Esse ciclo acontece todos os anos, e é um dependendo de cada espécie para sobreviver.

A VERSATILIDADE DAS PERNAS PERMITE UM MOVIMENTO MUITO REAL DA DAHLBERG FROG, FICANDO BEM PRÓXIMO DE UM SAPO DE VERDADE!

Se você não observar todos os de­talhes que ocorre na natureza, será difícil saber qual a artificial ideal para aquele momento. Um simples soprar do vento, um inseto voando, um movimento nas vegetações, ou até mesmo que o dia esteja silencioso, isso pode ser uma pista.

AS VEGETAÇÕES ATRAEM O BLACK BASS E A TRAÍRA, TORNANDO ESSES LOCAIS IDEAIS PARA A PESCA COM FROGS ARTIFICIAIS.

Tudo o que está na superfície ou quase rente a ela é uma presa em potencial. Não há como fugir do predador e, mesmo que a presa ve­nha a dar um salto, logicamente irá retornar novamente para água, e o predador é ciente disso. 
Com os insetos e rãs boiando de­baixo das copas das árvores rente à superfície, ou sobre as vegetações, as técnicas do mushi (inseto em japonês) ou frog são fatais, sendo que nesta reportagem destaco o uso desta segunda opção, suas técnicas, variedades e sua origem.

A PRIMEIRA 

Em 1890, James Heddon começou a esculpir num pedaço de madeira a sua primeira isca artificial. Em 1902, James Heddon fundou sua companhia na cidade de Dowagiac, em Michigan (EUA), tornando-se a pioneira ou uma das pioneiras na produção de iscas artificiais.

JAMES HEDDON, O PAI DE UMA DAS MARCAS MAIS IMPORTANTES NA PESCA ESPORTIVA ATUAL

Na década de 50, Heddon Brand Lure produzia mais de 12.000 iscas por dia, para serem distribuídas nos Estados Unidos e no Canadá. Em 1932 fez seu primeiro modelo à base de plástico duro, que recebeu o nome de Spook (fantasma) devido à sua transparência e brilho. Passados alguns anos, surgiu a renomada isca que é conhecida mundialmente, a Zara Spook, muito utilizada no Brasil para capturar os tucunarés. Já o primeiro sapo feito por James Heddon foi em 1898, antes da funda­ção de sua companhia, quando teve a ideia de pegar um cabo de vassoura e fazer o primeiro anfíbio, mas não havia nenhuma semelhança com as imitações de sapos atuais. Pelos rela­tos, era uma isca com duas garateias e trabalhava na superfície com pouca ação nos seus movimentos.

A PRIMEIRA FROG CRIADA POR JAMES HEDDON ERA ALGO DESSE TIPO
James testou sua artificial num pequeno lago, que teve o sucesso ao engatar alguns basses, mas infeliz­mente não se tem nenhuma imagem ou desenho dessa artificial. 

ATUALMENTE... 

No Japão, na década de 80, os japo­neses começaram a usar os frogs de plástico maleável e oco na captura dos basses e principalmente do snakehead, que tem hábito similar ao da traíra. Sua pesca acontece apenas no verão. A espécie fica quase rente à superfície entre as vegetações, para atacar as presas e respirar, pois possui o mesmo sistema respiratório do pirarucu.

O SNAKEHEAD É UM DOS PEIXES MAIS ESPORTIVOS QUE EXISTEM, MAS QUE NOS EUA ELE ESTÁ SENDO EXTERMINADO POR SER UM PEIXE INVASOR E QUE DEVORA OS PEIXES NATIVOS.

É um peixe que não se intimida, e tudo que se move na superfície no meio das vegetações vira comida, principalmente as rãs, sapos, patos, cobras e até mesmo o bass. 
Na década de 80, eram muitos os adeptos dos frogs para a captura do snakehead, mas hoje essa história vem mudando. A cada dia está mais difícil capturar, devido às poluições e o extermínio legalizado dessa espécie.

Com a falta de pescadores dessa modalidade, as marcas de equipa­mentos de pesca desenvolveram frogs especialmente para os black bass. Dos frogs desenvolvidos para o bass de plástico maleável oco, alguns possuem um corpo mais compacto, outros possuem lâminas, rubbers acoplados em seu corpo ou até boca tipo popper. Também encontramos frogs feitos totalmente de silicone, apresentando muito realismo em seus movimentos e aparência. No entanto, por ser uma isca que evita o enrosco nas densas vegeta­ções, já que o anzol está protegido pelo formato do seu corpo, o frog apresenta duas desvantagens. 

A primeira é que o anzol duplo não possui farpas, facilitando a fuga do peixe no momento do salto. Por isso, depois de fisgar, mantenha a linha esticada e a ponta da vara para baixo, evitando o salto do animal. 

A segunda é o seu pouco peso. A maioria dos frogs flutua com seu cor­po reto totalmente na superfície. No momento do ataque do peixe, o frog se desloca do lugar, dificultando que a artificial entre na boca do animal, principalmente para os predadores que atacam por sucção.

AS TRAÍRAS SÃO FASCINADAS POR FROGS
Todos os frogs possuem pesos in­ternos, mas há uma necessidade de turbinar, adicionando mais pesos ou mudando a sua posição, para evitar que a isca saia do lugar no momento do ataque. Essas alterações permitem um ataque certeiro, porque o frog fica em maior contato com a água. Já quanto aos frogs que têm rub­bers acoplados em seu corpo, não recomendo fazer essa mudança. Deixe-os como vêm de fábrica, para que os rubbers fiquem suspensos, imitando as pernas de um inseto ou de uma rã.

ALGUNS MODELOS 

Entre os modelos de frog japone­ses mais famosos estão o Jiraiya, da Imakatsu, e o Iobee, da Jackall. O primeiro imita mais um inseto do que uma rã, devido aos rubbers aco­plados na sua parte traseira e dianteira. Uso em lugares limpos, ou debaixo das copas das arvores que estão quase rente à superfí­cie. Se por aca­so a isca passar entre os galhos, a possibilidade dela de enroscar será mínima. Sombra e água fresca são o se­gredo para cap­turar o bass no verão, e geral­mente os bitelos estão debaixo das copas das ár­vores. Além da sombra, o preda­dor percebe que as árvores são lugar de descan­so para muitos insetos, e lá ele fica, aguardando um inseto cair. 

AS FROGS DESELVOLVIDAS PARA A CAPTURA DOS BLACK BASSES PODEM SER FEITOS DE PLÁSTICO MALEÁVEL E ATÉ POSSUIR LÂMINAS. DA ESQUERDA PRA DIREITA AS ISCAS: JIRAYA, SPINTAIL FROG E POPPER FROG.
Costumo lançar o frog embaixo da copa e deixo a isca parada por vários segundos, esperando que as pernas de borracha entrem em ação. Logo em seguida, recolho dando alguns toquinhos de vara, provocando o instinto da presa. Em certos casos, a transparência da água mais a ação mal feita na artificial e o ras­tro da linha na superfície impen­dem que o bass ataque a isca. Para driblar esse problema existe uma técnica que é muito eficaz: o cable action. Lance a artificial em um graveto bem fino, dei­xando que ela fique pendurada até tocar na su­perfície, como se fosse um guin­daste. Comece a dar vários to­quinhos, fazendo com que a isca suba e desça ba­tendo na super­fície várias vezes. 

As ondulações produzidas pela batida do frog na superfície, sem o rastro da linha na água, são irresistíveis para o bass. Para essa técnica use uma linha de 16 ou 20 lb de fluorcarbono, para garantir que a linha não se rompa ao se desprender do graveto. No verão passado tive grandes resultados usan­do o frog Iobee na vegetações menos densas e fechadas que estavam na superfície. Arrastava o frog sobre as vegetações e recolhia lentamente ou dava uma pausa em cada pocket, com a ajuda dos rubbers que esse frog tem e que imitam as pernas de uma rã. 

MÃO NA MASSA 

Quando eu sei que no local existe a presença do snakehead, vou com um equipamento mais reforçado. Por ser um peixe de dentes afiados, semelhantes ao da traíra, e não abrir a boca de jeito nenhum quando abocanha a sua presa, normalmente costumo usar um frog barato, mas fazendo algumas modificações. 

Para tornar o frog mais atrativo para traíras e basses vamos precisar de um rolo de fio de solda, um blade modelo colorado do tamanho médio ou pequeno, duas argolas, um girador e cola epóxi (ou araldite). 

Se o frog possuir a cauda de si­licone, corte-a e deixe apenas um pedaço para vedar o orifício. Prefiro arrancar toda a cauda, para melhorar o equilíbrio da artificial e a posição do peso, mas isso vai de cada gosto. Depois de cortar, puxe o anzol para fora e retire o peso original. Em segui­da, enrole o fio de solda na haste do anzol até atingir o peso ideal. 
O passo seguinte é o de prender um girador ligado a dois split rig. Na outra extremidade coloque o blade da cor de sua preferência. 


Coloque novamente o anzol du­plo dentro do corpo, e junte os dois anzóis com um alicate de ponta fina para passar os split rig em cada um. Após essa operação, retorne o anzol duplo na sua posição normal e verifique se eles estão com as suas pontas escondidas no corpo. 

Certifique-se que a isca fique com a sua parte traseira imersa um pouco mais da metade do seu corpo, seme­lhante à posição de um stick bait. Não esqueça de calcular o peso do epóxi para tampar o orifício e sobre o fio enrolado na haste da isca. Com o peso já regulado e o blade passado entre os anzóis, cubra com a cola todo o fio de solda que foi enrolado na haste do anzol e espere secar. Depois de seco, intro­duza novamente o an­zol duplo no corpo do frog, e feche o orifício com o epóxi, e espe­re secar até ficar duro como uma pedra. 

Por fim, com uma linha de multifilamento enrole bem o corpo da isca na haste do anzol. Agora é só testar. 

Prepare outro frog com menos peso para usar nos lugares mais limpos. Lembre-se de que a isca deve ficar na posição de um stick bait para que o frog tenha boas ações na superfície. 

EQUIPAMENTOS 

Costumo usar uma vara de 7' para linha de 35lb. Recomendo que use uma linha de multifilamento de 60Lb e na ponta dela ponha uma linha dupla de 15cm feita com o nó Bimini Twist. Para amarrar o snap faça a amarração Offshore Swivel, o que vai evitar que o peixe, como o snakehead, escape, pois caso corte uma das linhas sobrara a outra. Vale ressaltar que é necessário uma linha resistente, para poder arrancar o bigbass ou snakehead dessas estru­turas. A linha grossa será camuflada por causa da vegetação. 

A lâmina será um atrativo para o predador quando estiver sendo usado em lugares limpos, perto de galhadas, e rente às vegetações da margem. Em lugares limpos ou abertos rente à margem, utilize uma linha de monofilamento de 12 ou 14 lb, que, por ter elasticidade e flutuar, ajudará na ação dessa isca artificial.

No recolhimento, o blade entra em ação e em cada toque de vara a isca mergulha e retorna para a superfície. O verão no Japão é curto, mas chega a ser insuportável. Os me­lhores horários seriam na parte da manhã ou ao entardecer, quando isso acontece os bigbasses ficam mais ativos nas partes mais rasas. 

UM PEQUENO CABO DE AÇO RESOLVE OS PROBLEMAS DE CORTES PELOS DENTES DA TRAÍRA OU SERRILHA DO BASS.

Aqui, usar um frog comum onde as folhas das vegetações estão quase alcançando a superfície não teria bons resultados por causa das ondas causadas pelo vento, que atrapa­lham a ação da artificial. O popper frog nesse caso é mais in­dicado. Suas bo­lhas na superfície, cortando as ma­rolas, e seu som grave produzido durante o seu tra­balho tornam a oportunidade do pescador pegar o peixe na superfície bem provável. O modelo da Evergreen possui rubbers e uma argola na sua parte traseira, caso o pescador queira acoplar um blade para deixar a artificial mais chamativa. Em locais com ondas, prefiro tirar os rub­bers, para não atrapalhar a ação dessa isca artificial nessas condições.

POR QUE USAR POPPER FROG? 

Durante toda minha vida toquei instrumentos musicais, analiso cada som e procuro deixar o som do palco bem equalizado. Muitas vezes não prestamos muita atenção nos sons que as artificiais produzem, mas isso é muito importante para o pescador. O som agudo é alto e irritante, mas sempre percorre em linha reta e a qualquer barreira, ou seja, uma estrutura, o som é bloqueado.

É UMA DAS ÚNICAS ISCAS QUE REALMENTE FUNCIONA NO MEIO DA  VEGETAÇÃO  PARA A TRAÍRA

O som grave produz fortes ondula­ções, e é o único que se espalha por todos os lados numa longa distância, e nada impede que esse som per­corra. Vou dar um exemplo: se um carro com um subwoofer estiver do lado de fora só ouviremos as batidas do grave da música, e dificilmente escutaremos os outros sons. 

O som produzido pelo popper é sentido no corpo do animal mesmo estando no fundo ou distante do lo­cal, atraindo o peixe para a superfície. Um detalhe importante é que em certos casos uma isca com rattling causa efeito inverso. Em vez de atrair o animal, acaba espantando e é por essa razão que as iscas de madeira e principalmente os frogs que não pos­suem rattle obtêm melhores resultados. 

O PESCADOR FÁBIO TATSUKAWA MOSTRANDO UM BELÍSSIMO EXEMPLAR DE BLACK BASS PESCADO NO JAPÃO

Espero que minhas dicas venham a ajudar nas suas pescarias. Procure realizar as mudanças no seu frog e você perceberá a diferença. Em boa parte das minhas artificiais eu costumo alterar para deixar a isca mais produtiva para cada situação Não é apenas comprar na loja e usar Comece a analisar cada modelo, e veja qual a melhor forma com que ela pode ser usada. Você não vai perder nada, só irá adquirir mais co­nhecimentos, experiências e técnica.

Fonte: Revista Pesca & Cia - nº 230 - Fevereiro 2014

Autor: Fábio Tatsukawa