Aooooooooooo sertão desse sertanejo mundo pescatício sem porteeeera sô!
Hoje trago a vocês uma matéria sobre uma isca que, realmente pra mim, ainda é uma incógnita por nunca ter levado até agora uma batida nessa isca ou pego uma hoplias só que fosse. A isca prima Spinnerbait vira e mexe eu pego traíras, mas no buzzbait realmente eu não acertei a mão ainda, apesar de ter insistido pouco, mas o pouco que insisti vi que não deu resultados. Vou tentar TUNAR a isca como o criador dessa matéria da revista Pesca Esportiva CÉSAR PANSERA falou pra fazer para justamente levantar até a superfície o mais renitente desses peixes, que em alguns lugares do Brasil são chamados de Dorme-Dorme, porque a traíra parece que tem um gatilho que vive desarmado e você pode jogar a isca na boca dela ou passar com uma isca beeeem devagar em sua frente que a desgraça não faz absolutamente nada quando não quer se mover ou comer... mas quando este gatilho é acionado, meu amigo hummmm, sai da frente sô!!!
Espero que vocês aprendam algo nessa matéria como eu aprendi e vivo aprendendo com dicas do Pansera sobre iscas justamente para pinxo das hoplias mas que pode pegar também tucuna e Black Bass como é comum no sul do Brasil e tenham uma ótima leitura pescadozada!!
Capaz de acordar, além de irritar, o mais sonolento dos peixeis, o Buzzbait (ou isca do barulho), é mortal para pescar em água doce. Algumas dicas podem ajudar você a fazer melhor uso desta isca nada discreta.
Seja embarcado ou de barranco, os "buzzbaits" são iscas capazes de atrair até à superfície o mais preguiçoso dos predadores. Isso, graças ao seu trabalho e principalmente pelo barulho produzido pela hélice que acompanha a isca. Como complemento, os modelos ainda possuem cerdas de filetes de borracha, chamadas de saia ou "skirt". Fixadas ao anzol, ela garante maior volume para o "buzzbait" e movimento logo abaixo da linha d'água, criando oportunidade para o peixe abocanhar, seja por fome ou apenas defesa de território. Sua utilização acontece basicamente em água doce, e os peixes alvo podem ser diferentes. O black bass, tucunarés, e principalmente as traíras e trairões, certamente irão se interessar por um "buzzbait", que risca a superfície da água fazendo barulho constante em meio às estruturas, aparentes ou não.
ALGAZARRA NA SUPERFÍCIE
Para que os ataques aconteçam, o trabalho básico de um "buzzbait" deverá ser o recolhimento contínuo, que pode variar de lento, porém o suficiente para que sua hélice gire; mais rápido, riscando a superfície da água rapidamente; ou intercalado com toques secos de ponta de vara.
O buzzbait risca a água rapidamente e provoca pelo barulho. |
Particularmente prefiro o recolhimento mais rápido, uma vez que é possível desacelerar o movimento da isca, passando a recolhê-la lentamente, caso algum peixe persiga ou invista contra ela sem sucesso.
É importante também, quando o "buzzbait" tocar na água, iniciar o recolhimento imediatamente, caso contrário ele poderá afundar e engatar em alguma estrutura. "Buzzbaits" mais leves, na faixa de sete gramas, conseguem agir junto da superfície mais rapidamente, quando recolhidos de imediato.
Bastante atenção logo nas primeiras maniveladas. Já presenciei inúmeros ataques no primeiro meio metro de trabalho da isca.
Uma das vantagens do "buzzbait", para pescar as traíras na superfície, é que a isca desenvolve uma trajetória reta na linha d'água. Seu trajeto pode ser constante, sem as provocativas paradas de um "plug" convencional de superfície, por exemplo. Mas é fato que quando as "dentuças" estão dispostas a atacar, erram menos as investidas nesse tipo de isca.
Por estar em constante movimento, mesmo lento, basta o peixe atacá-la para que o anzol penetre sua mandíbula. Na verdade se pararmos para analisar, a maior parte das fisgadas fica por conta do peixe, pois a isca está trabalhando e não fica parada. Obviamente é preciso fisgar com força, para cravar de vez o anzol na óssea mandíbula da traíra, principalmente se ela for de maior tamanho. Iscas com anzóis mais abertos (mais arredondados) e maiores, potencializam as fisgadas.
Atenção para a ponta do anzol dos "buzzbaits", que deve estar sempre bem afiada.
ONDE ARREMESSAR
Em relação aos pontos ideais para arremessar um "buzzbait", importante que não sejam muito fechados. Caso contrário, a isca não conseguirá trabalhar. E preciso que existam espaços para que a isca gire sua hélice de forma constante e nenhuma sujeira fique presa na isca. Pontos com vegetação mais aberta são ideais para que a isca gire sua hélice. É importante que os locais, além de não serem muito fechados, que tenham certa quantidade de água para que a isca possa trabalhar.
Você deve buscar pontos mais abertos, com capim, e com boa distância para trabalhar sua isca. |
Outra vantagem do "buzzbait" é não enroscar tanto na superfície. Seu desenho protege o anzol único, sendo muito eficiente para quem pesca desembarcado. As ações dos peixes na superfície normalmente acontecem mais ao amanhecer e entardecer, nos momentos em que a superfície da água encontra-se lisa e não existe vento. Aproveite essas situações, e arrisque alguns arremessos com a isca do barulho. No verão e demais dias quentes do ano, é quase certo que algum predador irá se interessar por um "buzzbait".
O barulho produzido por sua hélice na superfície, é o grande chamariz e principal característica do modelo. Ao ser tracionada. a isca percorre uma trajetória na lâmina d'água, girando sua hélice e fazendo barulho constantemente, podendo até mesmo levantar água, dependendo da intensidade com que é recolhida. Costumo utilizar os "buzzbaits". quando pesco duas espécies específicas, as violentas traíras e os astutos black basses. Ambos, atacam vorazmente o "buzzbait" logo que percebem a existência de um intruso em seu território, ainda mais um objeto que tenha barulho constante e ao mesmo tempo irritante para os peixes.
O black bass costuma atacar o buzzbait com violência, especialmente na defesa de seu território. |
VELOZ E SEM PARAR
Quando comecei a pescar com os "buzzbaits", costumava recolhê-los de forma lenta e até vagarosa, apenas fazendo com que a hélice da isca gira-se na superfície. Após algum tempo, percebi que acelerar o recolhimento pode instigar os peixes em determinados momentos. Dessa forma, também é possível "frear" o trabalho da isca, desacelerando o girar do recolhimento, quando um peixe persegue ou até mesmo, erra o primeiro bote na isca. Além disso, o recolhimento mais acelerando, produz um maior barulho da isca na superfície e, neste caso, o ataque será certeiro e violento. Recolhendo mais rapidamente, o pescador também realiza maior número de arremessos, cobrindo uma área maior de pesca ou provocando mais o peixe em um mesmo local. É como se o barulho produzido pela isca perturbasse o peixe até que ele resolva atacar.
Como já disse anteriormente, uma ação necessária para pescar com os "buzzbaits" é assim que a isca tocar a água, recolher o mais rápido possível. Parar repentinamente o recolhimento não é interessante, mas reduzir a velocidade do recolhimento é válido em alguns momentos. Por isso, reforçando, o ideal, são locais com capim apenas no fundo ou um pouco mais espaçado. Locais assim é que eu costumo buscar em algumas represas, logo que o nível sobe, inundando boa parte da vegetação que estava fora d'água, e ainda não cresceu ou se proliferou. Outra vantagem do buzzbait, é não enroscar tanto na superfície, muito bom para quem pesca desembarcado.
O buzzbait pode garantir o sucesso de sua pescaria e os ataques nessa isca são pura adrenalina! |
EMOÇÃO NO VISUAL
Como é uma isca que trabalha o tempo todo na superfície, não tenho dúvida alguma em afirmar que o mais interessante serão os ataques dos peixes. A pescaria com os "buzzbaits" é 100% no visual! Os ataques sempre causarão grande descarga de adrenalina ao pescador, independente da espécie alvo. Preste atenção o tempo todo na isca, sem tirar o olho dela, inclusive quando ela estiver bem perto do barco ou próxima do barranco. Algumas explosões podem ocorrer quando o "buzzbait" está prestes a sair da água ou logo quando cai, após um arremesso. E aqui cabe mais uma dica! Lance os "buzzbaits" o mais distante que conseguir. E meio óbvio, mas desta forma, a isca ficará um maior tempo fazendo barulho na água, consequentemente, irritando mais os peixes, e com maiores chances de ser atacada por algum potencial predador. Experimente, e boa sorte!
Fonte: Revista Pesca Esportiva ed. 231 - 2017
Autor: César Pansera
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